"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde." Paulo Freire

terça-feira, 20 de novembro de 2007

O Boom das Commodities e a proposta tarifária de Bresser

Nos últimos anos a alta do preço das commodities vem sendo um dos fatores mais importantes da economia global, alavancados, principalmente, pelo forte crescimento do consumo nos países Asiáticos, que além de apresentarem uma população excessivamente grande, logram altas taxas de crescimento econômico.

O Brasil, por sua vez, é um dos países beneficiados por esta conjuntura. A fartura de terras e de recursos naturais possibilita à economia brasileira uma grande vantagem comparativa nesse mercado, favorecendo a elevação do grau de especialização da economia e de competividade das exportações deste segmento, revertidos em impactos positivos quanto ao crescimento econômico e saldo da balança comercial.

Com o aumento das exportações de commodities e, conseqüentemente, forte entrada de moeda estrangeira no mercado nacional, a moeda brasileira tende a seguir a tendência de valorização cambial. Isto, por sua vez, torna-se prejudicial, principalmente, para o setor industrial, especialmente o intensivo em mão de obra, que vêem na valorização cambial uma barreira para continuidade de suas vendas externas, podendo com isso acarretar em redução de suas atividades produtivas e gerando, consequentemente, desemprego.

Segundo o Economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, uma alternativa para conter a continuidade da valorização cambial e possivelmente aliviar a situação da indústria, seria a taxação das exportações de commodities. Essa proposta atuaria de duas maneiras: com o tributo, o governo teria um aumento da poupança doméstica o que permitiria a compra de reservas, reduzindo o volume de moeda estrangeira circulando no mercado; o segundo seria a redução das exportações das commodities por conta da tributação. Esses dois aspectos favoreceriam a desvalorização cambial, possibilitando um aumento da competitividade da indústria.

O grande problema dessa proposta é que a economia brasileira já possui uma carga tributária elevadíssima e um imposto a mais não seria visto como fator positivo. Além disso, o crescimento das exportações não está vinculado somente às exportações de commodities. Graças aos investimentos efetuados ao longo dos últimos 10 anos, visando o aumento da competitividade brasileira e desvinculação da dependência financeira, o Brasil atualmente possui uma gama diversificada de produtos exportáveis que, conjuntamente, favorecem para o resultado superavitário da balança comercial.

Desta forma, o impacto sobre o câmbio não seria de todo eficaz, uma vez que não há uma hegemonia na pauta e que somente um imposto com uma complexa e diferenciada estrutura de alíquotas sobre os exportáveis poderia causar efeitos sobre o câmbio, mas sem deixar de trazer prejuízos a produtividade e ao emprego.

Texto baseado em artigo da Revista Conjuntura Econômica – Setembro 2007

Jovens Economistas

Um comentário:

Anônimo disse...

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