"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde." Paulo Freire

terça-feira, 8 de abril de 2008

Cenário Econômico – Definição de Curto, Médio e Longo Prazo que poderá influenciar em seus investimentos

Nesses últimos dias, podemos notar no noticiário, uma ênfase em apresentar o índice da Bolsa, que para o ano de 2008, tem caído consideravelmente, mas os motivos que levam as sucessivas quedas não são nem mencionados.

Alguns “analistas” se preocupam em apresentar “a queda do índice”, e não se aprofundam no assunto. Sabemos que a bolsa é um tipo de termômetro da economia, e se a bolsa não vai bem, pode ser que a economia ou alguns setores não estão bem, e se a economia ou alguns setores não estão bem, pode ser que o governo não esteja bem na condução econômica. Será que esse raciocínio está correto?

Pois bem, o que sabemos é que investir em ações sempre apresentará risco, pois o sobe e desce dos preços das ações dependem de várias variáveis, internas e externas, e que não existem analistas ou análises que consigam “acertar” qual ação dará mais lucro, ou qual papel poderá cair drasticamente. A maioria das análises leva em consideração o histórico do que já passou, e projetam o que pode ocorrer no futuro, mas baseando-se no que estávamos vivendo no presente, e aí é que está o “detalhe” da questão. Para dar certo, o presente tem que sempre se manter igual, até chegar o tal do futuro promissor.

Os Economistas não fazem parte das entidades ou associações de videntes, e muito menos os donos da verdade, mas devem ser especialistas em traçar cenários, e esses cenários devem sempre possuir o curto, médio e longo prazo em suas considerações.

Com isso, nos os Jovens Economistas, vamos apresentar um cenário macro-econômico onde alguns fatores muito consideráveis de curto, médio e longo prazo estarão presentes, e que esperamos auxiliar o investidor em suas tomadas de decisões para investir no mercado acionário, entender como os “sinais” da economia e política podem influenciar nessas decisões e tentar tirar o temor de investir em bolsa.

Logo abaixo, apresentamos uma linha do tempo listando alguns pontos de atenção, onde o curto prazo está representado pela cor vermelha, o médio prazo pelas cores laranja e azul e o longo prazo pela cor verde.

5/10/2008: Eleições Municipais no Brasil

4/11/2008: Eleições Americanas

2009: Investment Grade

2010: Eleições Brasileiras

2014: Copa do Mundo

Levando-se em consideração que o capital é globalizado (nota nº1: o termo globalizado tem que ser revisto, pois causa muitas controvérsias; nota nº2: o mundo não é globalizado, mas o capital pode ser), todos os fatores devem ser levadas em consideração para se traçar um cenário, vamos aos pontos:

- Curto Prazo: Mesmo as eleições municipais no Brasil ocorreram antes das eleições Americanas, o sobe e desce que está ocorrendo na Bolsa de Valores está relacionada com as eleições dos EUA.
A indefinição do candidato que representará o Partido Democrata, Hillary Clinton ou Barack Obama, em oposição ao candidato do Partido Republicano John McCain, geram muitas expectativas e especulações, pois enquanto não se define quem será o candidato, não se conhece o plano de governo, suas idéias referentes a políticas internas e externas, e o candidato McCain ganha musculatura em sua campanha.
Esse é o ponto, os consumidores norte-americanos se sentem confusos, refletindo em índices baixos quando a expectativa de melhora do consumo, e essas incertezas norteiam os investidores, que por cautela, diminuem seus investimentos externos, dentre eles em nossa bolsa.
Outro fato importante, porém de caráter interno, são as eleições municipais no Brasil. O processo eleitoral no Brasil, assim como em muitos lugares no mundo, aumenta a circulação de recursos, esse aumento, aquece a economia aumentando o consumo. Mesmo sendo um efeito sazonal, pode ser um contraponto para o sobe e desce da economia, podendo ancorar em sucessivas altas, beneficiando todo o setor.

- Médio Prazo: Dois principais fatores chamam a atenção para o médio prazo, as Eleições para presidente do Brasil e o fator do país se tornar Investment Grade. Esse segundo ponto pode ocorrer na verdade até o final de 2008 e o ano de 2009. Mas o que isso pode significar para a Bolsa? Ser classificado como Investment Grade significa que o Brasil é um país seguro para o investidor estrangeiro, que mesmo ocorrendo no mundo turbulências, o país terá condições de honrar seus compromissos externos, sem ter que sacrificar a economia local. Com isso, muitos dólares estarão ingressando no país, a taxa do dólar cairá e seu contraponto será o índice da Bolsa subir. Outro fator não listado na linha do tempo, mas que precisa ser levado em consideração, é que logo após o Brasil ser qualificado como Investment Grade, o país poderá se tornar o principal centro de distribuição de bens da América Latina, confirmando o domínio econômico do bloco todo.
O segundo ponto para o médio prazo são as eleições presidenciais no país, além do fato já citado do aumento dos recursos na economia, a atenção deve ser voltada para os candidatos e suas declarações e promessas quanto ao rumo da economia do país. Esse ponto é o mais importante, pois dependendo de qual candidato estiver à frente nas pesquisas de intenção de votos, o humor dos investidores poderá mudar. A única certeza para esse período é que teremos novamente um sobe e desce, um ganha e perda na bolsa. A definição se dará quando soubermos definitivamente quem será o próximo presidente do país.

- Longo Prazo: Para o ano da Copa do Mundo de Futebol de 2014 no Brasil, o que mais ocorrerá de significativo será a realização dos jogos de futebol e o nosso país estar no centro do mundo. O ponto em questão serão os investimentos em infra-estrutura, turismo, modernização dos estádios e muitos outros setores que serão beneficiados por tabela (leia nesse Blog: “Copa do Mundo no Brasil em 2014, a chance de crescermos” postado em 4 de Novembro de 2007). Esses investimentos ocorreram de forma consistente a partir do ano de 2010. A economia aquecida, a expectativa de todos convergindo sempre para o otimismo, refletem em aumento da produção, e esse aumento da produção reflete na bolsa, com sucessivos aumentos.
O que poderíamos levar em consideração e que não foi listado no gráfico da linha do tempo são as eleições para presidente no Brasil em 2014, mas essa análise está além do que chamamos de Longo Prazo e seria muito incoerente, leviana e sem sentido, nesse momento, ser levada em consideração.

Bem, esperamos que o exercício de ter traçado esses cenários por nós, Jovens Economistas, auxiliam nas tomadas de decisões. E mesmo que esses pontos não se concretizem, ou que outros pontos não apresentados surgem ao longo do tempo, esperamos ter deixado o sinal de “alerta” de todos bem acesso, pois tudo que acontece no mundo e no nosso país nos âmbitos político e econômico podem e vão influenciar nos seus investimentos na Bolsa.

Jovem Economista

3 comentários:

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