"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde." Paulo Freire

sábado, 1 de março de 2008

Novo salário mínimo passa a R$ 415,00 em março

Novo piso deve injetar R$ 21 bi na economia

A partir de hoje, 1º de março, o salário mínimo passa a R$ 415,00, através de Medida Provisória do Poder Executivo.

Com essa correção o Mínimo recebe 9,2% de aumento e injetará cerca de R$ 21 bilhões na economia brasileira nos próximos 12 meses, considerando que 45 milhões de pessoas recebem o piso, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos – DIEESE.

O valor estipulado pelo DIEESE para atender as necessidades básicas previstas na Constituição de um trabalhador e sua família - um casal com dois filhos - era R$ 1.924,59 em janeiro.
Segundo Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese, o ganho real é maior do que o conseguido pela maioria das categorias nas negociações sindicais.

O impacto do aumento do mínimo será maior nas regiões Norte e Nordeste e reflete também no rendimento de trabalhadores autônomos, que usam o piso como referência salarial.
Os números referentes ao ano passado não estão fechados, mas, no primeiro semestre, só 4,3% dos acordos tiveram ganho real acima de 4%, segundo o Dieese.

Para João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, a fórmula de reposição da inflação e expansão do PIB, combinada entre governo e centrais, é uma maneira de ir aumentando o poder de compra da população. "E acaba empurrando para cima o piso de muitas categorias."

O presidente da Central Única dos Trabalhadores - CUT, Artur Henrique, reclama da necessidade de fixar o valor por medida provisória, já que o projeto de lei que formalizou o acordo, que considera o correspondente a 3,75% do Produto Interno Bruto - PIB, verificado em 2005, acrescido da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC de abril de 2007 a fevereiro de 2008, que resultou em 8,95%, ainda não foi aprovado pelo Congresso.

A proposta de Orçamento da União, em votação no Congresso, define o valor do mínimo em R$ 412,40, já que considerou apenas uma estimativa para o INPC dos últimos 12 meses.
A aplicação desta regra significaria um salário mínimo um pouco maior que R$ 413,00, valor que foi arredondado para R$ 414,00. Por sugestão dos ministros do Trabalho, Carlos Lupi, e da Previdência, Luiz Marinho, o presidente acabou optando por assinar uma medida provisória com o valor arredondado do mínimo em R$ 415,00.

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