"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde." Paulo Freire

domingo, 9 de dezembro de 2007

Maximizando o uso do seu 13º salário

Desde o mês de novembro os trabalhadores brasileiros, assalariados e pensionistas da Previdência Social, estão recebendo o 13º salário (entre 30 de novembro e 20 de dezembro).
O montante desses pagamentos representa, segundo estudos do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócio-Econômicos - DIEESE, aproximadamente, R$ 64 bilhões e movimentará fortemente a economia no segundo semestre.

Nesse momento, ao receber esses recursos, sempre ressurge o mesmo dilema: “como empregar bem o meu 13º salário?”.

Na prática é preciso separar essa população em três grupos: os inadimplentes, os endividados, mas sem atrasos e os que possuem sobras de recursos.

As principais dívidas a quitar, segundo estudo da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade – ANEFAC, por prioridade, são: cheque especial (33%), cartão de crédito (25%), regularização do nome em órgãos como o SERASA e SCPC (22%), prestações do comércio em atraso (12%), financiamento bancário (5%) e outros débitos como telefone, escola e tarifas públicas (3%).

Outros entrevistados utilizarão seu 13º salário para comprar presentes (15%), pagar os impostos no começo do ano, como IPTU e IPVA, (11%) e reformar a casa (4%). É bom pensar nesses impostos de janeiro e aproveitar para quitá-los, pode-se obter descontos vantajosos.

A pesquisa mostra que 63% dos entrevistados, com vínculo empregatício e amparados pela CLT, colocam as dívidas como prioridade na lista do que fazer com o 13º salário. Essa proporção é superior a outras amostras em anos anteriores.

Aos que estão no primeiro grupo, dos inadimplentes, a orientação é para que liquidem dívidas. Liste todas os seus credores e comece a pagá-los, dos menores aos maiores valores, afinal ninguém quer conviver com pressão de cobradores eternamente. Em seguida, e muito importante, pague as dívidas cujas taxas de juros sejam expressivas. Neste caso inclua as dívidas com cartão de crédito e cheque especial, líderes nesse quesito.

Você precisará de muita disciplina para não recair em novas dívidas, nas tentações e apelos das campanhas de marketing desta época.

A situação daqueles do segundo grupo é um mais tranqüila. Possuem obrigações, entretanto, não há atrasos, não há inadimplência.

Façam as contas e, se houver chance de pagar antecipadamente alguma dívida contratada com taxas de juros elevadas, não perca tempo. É seu direito obter descontos no mesmo patamar contratado.

Não se esqueça de dar uma olhada não só nos gastos de final de ano, mas, também naqueles que virão no início de 2.008, como o IPVA, IPTU, matrícula escolar, material escolar, entre outros.

O terceiro grupo causa-nos (boa) inveja, aqueles que possuem sobras de recursos.

Capitalizados, farão suas compras à vista. Poderão escolher um roteiro e ter uma viagem sem dores de cabeça e, acima de tudo, entrarão em 2.008 com excelentes perspectivas, isso sem contar a grande possibilidade de aplicação das sobras em operações rentáveis do mercado financeiro. Neste caso vale a pena distribuir racionalmente seus recursos, pensando, inclusive, no mercado de ações, desde que procure as devidas orientação de especialistas.

O desafio está lançado aos inadimplentes e aos enforcados em geral, aqueles que não conseguem poupar nada, nem o 13º. Para estes a dica é, necessariamente, planejamento e determinação para chegar ao terceiro grupo, e lá permanecer.

A boa gestão dos seus recursos é a senha para melhores momentos em sua vida. É preciso maximizar cada centavo recebido, sempre, e só gastar de acordo com o previsto em seu orçamento.
Boa sorte em 2008.

(Texto de Reginaldo)

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