"As terríveis conseqüências do pensamento negativo são percebidas muito tarde." Paulo Freire

domingo, 21 de outubro de 2007

Taxa de Juros Inalterada

O Comitê de Política Monetária (COPOM) em última reunião ocorrida nos dias 16 e 17/10, optou pela manutenção da taxa básica de juros (Selic) no mesmo patamar do mês anterior, 11,25% a.a., encerrando com isso uma trajetória de 2 anos de queda.

O alto nível da capacidade instalada da economia (86,1% em Agosto) e o possível superaquecimento da demanda interna são os principais motivos de preocupação dos formuladores da Política Monetária, temendo que a oferta não siga o mesmo ritmo de crescimento da demanda interna causando com isso um processo inflacionário.

Cabe mencionar dois fatores importantes que se contrapõe a decisão do COPOM.

O primeiro foi o resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Utilizado pelo Governo Federal para medição das metas inflacionárias, no mês de setembro o IPCA ficou abaixo do esperado, 0,18%, gerando expectativas positivas na economia para redução da taxa Selic.

O segundo fator é a valorização cambial. O câmbio valorizado aumenta a competitividade do mercado interno através do barateamento dos produtos importados, o que por sua vez, inibe a tendência de elevação dos preços internos.

Desta maneira, como forma de analisarmos a decisão do COPOM em manter inalterada a taxa básica de juros (Selic), elaboramos a seguinte pergunta, na qual contamos com sua opinião e contribuição.

O Comitê de Política Monetária (COPOM) agiu PRECIPITADAMENTE ao manter inalterada a taxa básica de juros (Selic)?

6 comentários:

Anônimo disse...

eu como muitos acredito que n�o foi precipita�o do COPOM, mas sim covardia... perderam uma otima oportunidade de reduzir mais os juros.

primeiro que os indices de de pre�os em alguns setores diminui neste mes de setembro, impulsionado pela valoriza�o da moeda nacional.

ao aumentar a taxa de juros ele n�o apenas reduz a demanda, mas atrapalha os investimentos diretos, que ja vem sendo prejudicado com a referida situa�o do cambio.

somado ao fato da taxa basica americana ter reduzido, o Brasil fica cada vez mais atraente para o capital estrangeiro, mas de especula�o...

a pergunta � como alcan�ar os desejados niveis de crescimento

Reginaldo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Reginaldo disse...

Caro Ronaldo,
Acho que posso opinar, certo?
Bem, entendo que a manutenção visa o primeiro semestre de 2008, haja vista que os efeitos das decisões do COPOM não são sentidos de imediato.
Sabendo-se da tendência de aumento do consumo e observando todos os resultados macroeconômicos, creio que o foco está na contenção dosindices de preços no médio prazo.
No mais, concordo que pode-se ter menos parcimônia na condução da política econômica e monetária.
Esperaremos novas reduções!
Amplexos,
rbs

Anônimo disse...

Parabéns pelo Blog. Ficou muito legal e os temas são bastante interessantes!
Um abraço!

Reginaldo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Reginaldo disse...

Notícia do Financial Times de 19.10.07 http://www.ft.com/cms/s/0/61e04522-7ddc-11dc-9f47-0000779fd2ac.html?nclick_check=1

Brasil termina ciclo de cortes da taxa de juros
Por Jonathan Wheatley

O Brasil terminou dois anos de cortes das taxas de juro a patir de sinais de regresso a pressão inflacionária. O Banco Central e o Comitê de Política Monetária decidiu deixar a taxa Selic inalterada em 11,25%.

Expectativas dos consumidores tem gerado tendência de recente de inflação. Os preços têm previsão de aumento de 3,9% em 2007 e 4,1% em 2008, dentro do Banco Central a meta é de 4,25%. Muitos economistas pensam que o crescimento da economia vai abrandar assim como a procura por mercadorias e faria o setor público diminuir despesas.
Tradução própria.
Reginaldo